Depois de uma das maiores quebras já vistas pelo setor sucroenergético, a safra 2022/23 trouxe sinais de recuperação para os canaviais do Centro-Sul. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), a moagem na região chegou a 548,28 milhões de toneladas, alta anual de 4,6%.
Ainda assim, os custos de produção continuaram sua tendência ascendente. Segundo o Pecege Consultorias e Projetos, os dispêndios agrícolas chegaram a R$ 14.365 por hectare, aumento de 20% em relação ao ciclo anterior. O valor da consultoria considera uma prévia, obtida com uma amostragem de usinas localizadas no Centro-Sul.
Neste contexto, a produção da região Centro-Sul se valorizou durante a última temporada. A partir do valor pago por tonelada de cana-de-açúcar e do rendimento de cada munícipio brasileiro, o NovaCana contabilizou a receita gerada por cada hectare plantado. Para isso, foram utilizados dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, o preço pago pela cana-de-açúcar subiu em 2022 – saindo de R$ 105,17/t em 2021 para R$ 129,04/t. Este é o maior valor visto na série histórica iniciada em 2008, que registrou valores de entre R$ 70/t e R$ 80/t nos quatro anos anteriores.
Assim, com uma melhora na produtividade dos canaviais, que chegou a 73,39 toneladas por hectare, os produtores de todo o país receberam, em média, R$ 9.470,39 por hectare colhido no período. O valor representou um aumento de 25,5% em relação aos R$ 7.548,63/ha vistos em 2021, alcançando um novo patamar desde o início da série histórica.
O maior valor pago pela cana por área plantada foi registrado no município de Santa Helena de Goiás (GO), com R$ 25.000/ha, triplicando seus ganhos de 2021, que foram de R$ 8.560/ha. No ranqueamento do ano anterior, o município ficou em 145º lugar.
Entre os estados com os canaviais mais rentáveis, a única retração foi registrada na Bahia, de 33%. No levantamento mais recente, a média do estado foi de R$ 5.817,98/ha.
Já as cinco cidades com as maiores produções de cana no ano viram aumento em sua rentabilidade média. A alta mais expressiva, de 57%, foi registrada por Quirinópolis (GO), totalizando R$ 11.396,04/ha. Por sua vez, os canaviais da maior produtora da lista, Uberaba (MG), renderam R$ 11.024,89/ha (+7,4%).
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