Um levantamento da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) aponta que a semeadura do milho para a segunda safra de 2023/24 foi concluída. A área plantada estimada é de 2,218 milhões de hectares.
Segundo o documento, o término do plantio ocorreu quatro semanas mais tarde do que o esperado. Este atraso na semeadura pode ter implicações significativas para a cultura do cereal, pois quanto mais tardia for a semeadura, maior é o risco de a cultura ser afetada por diferentes intempéries climáticas.
“Na segunda safra de milho, já registramos perdas consideráveis no potencial produtivo devido ao estresse hídrico. Esta situação desfavorável impactou uma área total de 474 mil hectares em diversas regiões do estado, incluindo o sul, sudoeste, centro, oeste, nordeste, sul-fronteira e sudeste”, destaca o coordenador técnico da Aprosoja-MS, Gabriel Balta.
De acordo com ele, os períodos de seca mais intensos ocorreram entre março e abril, com 10 a 30 dias de estresse hídrico e, mais recentemente, entre abril e maio, com 10 a 20 dias sem chuva.
“Estes danos podem se agravar nas próximas semanas, pois as previsões indicam poucas precipitações para o estado. Portanto, é crucial que estejamos preparados para enfrentar esses desafios e buscar soluções eficazes para minimizar as perdas”, afirma Balta.
Para o período de 13 a 21 de maio, há previsão de acumulados de chuva de até 25 mm com destaque para o extremo sul do estado. Já de 21 a 29 de maio, são esperados baixos acumulados de chuvas, entre 5 mm e 20 mm, com destaque para o extremo sul do Mato Grosso do Sul.
O preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul apresentou valorização de 0,73% entre os dias 6 e 13 de maio, sendo negociado ao valor médio de R$ 49,29 no dia 13.