Lastreada por debêntures, a mais recente emissão de Certificados de Recebimento do Agronegócio (CRAs) da Ferrari Agroindustrial deve levantar R$ 235,16 milhões para a companhia. O valor foi confirmado em relatório da S&P Global Ratings divulgado nesta quarta-feira, 13, e representa um crescimento de 17,6% ante a perspectiva inicial, de R$ 200 milhões.
A agência de classificação de risco analisou os papéis gerados pela securitizadora EcoAgro e deu a nota A+ em escala nacional. Isso significa que a Ferrari possui “forte capacidade” para honrar seus compromissos financeiros, embora seja “ligeiramente suscetível” a condições econômicas e mudanças nas circunstâncias.
Ainda segundo a S&P Global, a sucroenergética contabilizou uma receita líquida de R$ 988 milhões em 2022/23, além de um Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, descontando também fatores tidos como relevantes pela empresa) de R$ 680 milhões. Para 2023/24, a perspectiva é que esses valores sejam de R$ 1 bilhão e R$ 670 milhões, respectivamente.
O documento também detalha que a emissão de CRAs foi feita por meio de três séries, todas com vencimento em 17 de dezembro de 2029. Os juros remuneratórios e o valor principal deverão ser pagos de forma mensal, embora o segundo tenha uma carência de 42 meses.
Também de acordo com a S&P Global, a primeira série rendeu R$ 22,72 milhões e terá uma taxa de 7,7% ao ano. Já a segunda, que somou R$ 41,14 milhões, tem juros pela taxa de Depósito Interbancário (DI) acrescida de 2,3% ao ano.
Assim, a maior parte do valor, equivalente a R$ 171,3 milhões, foi obtida na terceira série. Neste caso, a taxação estabelecida é de 13% ao ano.
Conforme o anúncio de início da oferta pública, disponibilizado pela EcoAgro, a emissão foi coordenada pelo Banco Safra e pela UBS Brasil. Cada papel teve o valor unitário de R$ 1 mil.
Renata Bossle – NovaCana