O lance vencedor, de R$ 53,99 milhões, veio no último minuto. A Usina Floralco, pertencente às massas falidas da Floralco Açúcar e Álcool e da GAM Empreendimentos e Participações, foi vendida na segunda praça do segundo leilão, realizado ontem (05).
O primeiro leilão da unidade foi encerrado em 30 de maio, com lance mínimo de R$ 105,9 milhões, conforme o valor de avaliação. Sem sucesso de venda, uma segunda praça aconteceu até 12 de junho, com 30% de desconto, mas também terminou sem interessados.
Agora, em uma nova tentativa de venda, foram realizadas duas praças nesta segunda-feira, com encerramentos às 14h e às 15h. Na primeira praça, o lance mínimo era de R$ 63,59 milhões; o valor passou para R$ 52,99 milhões em segunda praça – equivalente à metade do valor de avaliação da unidade.
Caso não houvesse interessados, haveria uma nova etapa, também com 50% de desconto em relação à avaliação, quando os imóveis poderiam ser vendidos separadamente. Isso, contudo, não foi necessário.
O primeiro lance foi dado às 14h54, apenas seis minutos antes do encerramento. Três minutos depois veio outra oferta, com incremento de R$ 250 mil, feita por Fernando Fehr Pereira Lopes. O primeiro interessado, porém, fez um novo lance, também acrescentando R$ 250 mil. A disputa se encerrou exatamente às 15h, quando Lopes apresentou seu segundo lance, desta vem com um incremento de R$ 500 mil. Com isso, ele arrematou a usina por R$ 53,99 milhões – R$ 1 milhão acima do valor inicial.
Segundo o leiloeiro oficial da Teza Leilões, Erick Teles, o arrematante é um empresário da região de São Carlos (SP), que possui uma indústria têxtil no local – a Rossignolo Cotton –, além de construtoras e diversas áreas rurais que são arrendadas para produção de cana-de-açúcar, cítricos e grãos.
“Ficamos bastante apreensivos porque a disputa foi no final, mas deu certo”, expressa o leiloeiro, que completa: “O que nos deixou feliz é que o comprador se comprometeu a reativar a unidade. Ele vai partir para a segunda etapa, que é buscar um parceiro para operar. Pelo que ele manifestou, vai entrar com a parte de investimentos e buscar no mercado uma empresa que já tenha expertise para operar”.
Teles complementa que, com esse desfecho, foi cumprido um dos objetivos do leilão, a reativação da usina. “Imaginamos que outros players participariam também, inclusive da região, mas ainda assim ficamos felizes com o resultado”, diz Teles.
Gabrielle Rumor Koster – novaCana.com