Apesar do desperdício de matéria-prima, governo mantém olhar positivo sobre energia a partir de cana
No ano em que a geração de energia elétrica com bagaço de cana-de-açúcar completa seu 30º aniversário, boa parte do potencial dessa matéria-prima continua sendo desperdiçada pelo setor. Contudo, o governo brasileiro mantém um olhar relativamente positivo sobre o tema, apontando que os resíduos da indústria sucroenergética se destacam como fonte de energia no país. Além disso, a bioenergia proveniente do bagaço de cana estaria se revelado muito competitiva no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Iniciativas governamentais de fomento à renovação e modernização das instalações de cogeração aumentaram a eficiência de conversão da energia da biomassa. Dessa maneira, aumentou-se também a geração de excedentes e sua distribuição, contribuindo para a diversificação do setor e o aumento de sua receita.
“A bioeletricidade proveniente do bagaço de cana pode ser vista como um negócio multicommodity, envolvendo a comercialização de quatro produtos: açúcar, etanol, eletricidade e créditos de carbono. Isso coloca esta bioeletricidade com um grande potencial na matriz energética nacional”.
Confira a seguir a avaliação da quantidade de energia já contratada pelo setor elétrico, a análise de seu potencial técnico e a projeção de oferta de bioeletricidade, a partir do comportamento histórico da geração a partir do bagaço.