Cana: Safra / Moagem

Cana: Safra / Moagem

Queda na produtividade do canavial puxa aumento nos custos de produção em 2024/25

De acordo com o Pecege Consultoria e Projetos, gastos agrícolas ficaram na faixa de R$ 159/t, alta anual de 8,9%


NovaCana - Publicado: 08 Mai 2025 - 09:15 | Atualizado: 12 Mai 2025 - 14:30

Errata (12/05, às 14h30): Os dados do Pecege são referentes até dezembro de 2024 e não fevereiro de 2025, como afirmado anteriormente. As margens dos produtos também foram calculadas erroneamente e, por isso, alteradas – para o açúcar refinado, de 62% para 38%; para o açúcar VHP, de 62% para 38%; para o etanol anidro de 13% para 12%; e para o etanol hidratado de 12% para 11%. O texto abaixo e o gráfico referente às margens foram alterados.

Depois de uma safra de recordes no campo e na indústria, o setor sucroenergético passou por uma nova temporada de desafios. A temporada 2024/25 não acompanhou os bons resultados do período anterior, com o clima sendo um fator crucial na queda de produtividade dos canaviais.

De acordo com dados apresentados pelo sócio-diretor do Pecege Consultoria e Projetos, João Rosa, a produtividade em 2024/25 foi de 77,2 toneladas de cana por hectare, apresentando baixa de 11,1% ante as 86,8 toneladas de cana por hectare vistas em 2023/24. Os números do ciclo mais recente são parciais da safra, indo até dezembro do ano passado, e foram divulgados no evento Expedição Custos Cana, promovido pelo instituto.

Apesar da queda, o índice está acima dos valores normalmente registrados ao longo da série histórica do Pecege, iniciada em 2014/15. Desta forma, Rosa questiona se realmente foi um índice ruim ou se as usinas se depararam com uma volta à normalidade depois de uma safra “memorável”.

Assim, considerando a diferença na produtividade da cana-de-açúcar entre as duas últimas temporadas, os custos de produção relativos também variaram.

Em entrevista ao NovaCana, o economista do Pecege, Raphael Delloiagono, reforça que a queda no indicador foi o fator que mais pesou no encarecimento dos custos de produção por tonelada no último ciclo, tanto em aspectos agrícolas como industriais.

Ele explica que o calor intenso e os incêndios levaram a cana a um maior estresse hídrico, resultando em uma redução da pureza do caldo. Rosa também afirma que esta foi a “surpresa negativa” da safra 2024/25.

Ao mesmo tempo, a alta do diesel também pressionou os custos. Este é um item que passa por diferentes etapas da operação agrícola, especialmente nos tratos de cana soca e corte, transbordo e transporte (CTT).

Assim, o alívio para os gastos na temporada veio com a queda dos preços dos insumos.

No texto completo, exclusivo para assinantes NovaCana, confira mais detalhes e gráficos explicativos sobre os principais itens formadores dos custos de produção em 2024/25 e sobre a margem de lucro com as vendas de etanol e açúcar na temporada.


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