A Justiça decretou o encerramento do processo de recuperação judicial da JW Equipamentos, companhia de Sertãozinho (SP) que fornece equipamentos para produção de etanol. Segundo a empresa, o plano de recuperação teve suas etapas cumpridas antes do prazo legal.
Iniciado em agosto de 2021, o processo de recuperação judicial foi uma resposta às severas dificuldades financeiras enfrentadas pela JW, que colocavam em risco sua estabilidade e suas operações. O plano aprovado incluiu a reestruturação de dívidas e a otimização de processos internos, ações que foram implementadas ao longo do período.
Entre as principais medidas adotadas, a empresa destaca a renegociação de débitos, a implementação de um novo modelo de gestão e a redução de custos operacionais. Com isso, em 2024, o faturamento da JW Equipamentos superou em aproximadamente 45% o valor previsto, permitindo que a empresa conseguisse pagar mais de 55% do total da dívida.
Agora, sem as restrições impostas pelo processo de recuperação judicial, a JW Equipamentos anunciou que está focada na expansão de suas operações e no fortalecimento de sua posição de mercado.
“O fim da recuperação judicial marca uma nova fase para nós. Estamos mais fortes e preparados para consolidar novos projetos, que garantirão a continuidade e a evolução da empresa”, afirma a diretora comercial Marcela Maria Munari. “A colaboração dos funcionários, parceiros e a confiança dos clientes foi fundamental para transformar esse momento desafiador em uma jornada de crescimento e resiliência. Durante esse período foram gerados mais de 120 negócios”.
Atualmente, a JW Equipamentos está envolvida na execução do que classifica como um “grande projeto” de produção de etanol hidratado Grade B, sob vácuo total, para um grupo pioneiro na produção de etanol a partir de milho do Brasil.
Segundo a empresa, o novo aparelho terá como objetivo de expandir a capacidade produtiva da planta, atendendo a rigorosos padrões de qualidade e com baixo consumo de energia.
Ainda de acordo com a empresa, os conceitos de integração energética e a exploração de novas condições operacionais de destilação, como a destilação em vácuo, têm sido “aliados importantes” na concepção de novos projetos. O objetivo é reduzir o consumo específico de vapor demandado à produção de etanol hidratado nas usinas existentes.