Política

Política

Bolsonaro diz que Petrobras não precisa mudar política de preço dos combustíveis


Reuters - Publicado: 09 Ago 2022 - 08:26

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 8, que não é necessária uma mudança na política de preços da Petrobras para combater a alta nos valores dos combustíveis.

Bolsonaro argumentou, em entrevista ao canal Flow Podcast, no YouTube, que tem pouca margem para interferir na estatal, mas lembrou que trocou tanto o comando da empresa quanto do Ministério das Minas e Energia para conseguir baixar os preços.

“Agora, não precisa mudar o PPI”, disse o presidente, referindo-se ao Preço de Paridade de Importação (PPI) adotado pela estatal.

Bolsonaro aproveitou, ainda, para elogiar o desempenho do Caio Mário Paes de Andrade na presidência da Petrobras – o quarto ocupante do cargo desde o início do governo.

“Botamos o Caio, que era da equipe econômica do Paulo Guedes. Conversamos com ele: ‘Caio estuda o PPI, veja quando é que nasceu PPI’. Nasceu quando o preço do petróleo estava lá embaixo”, explicou o presidente, acrescentando que a política servia para conter um endividamento da estatal.

“Estancou (a dívida). O PPI não é o reajuste imediato. Então você pode ver, o trabalho do Caio, ele buscou uma maneira legal que baixou na refinaria em R$ 0,35 o litro da gasolina e em R$ 0,20 o do diesel. É pouco? Sei que é pouco, mas a tendência era uma curva ascendente. O trabalho do Caio, com responsabilidade, chegou nisso”, defendeu.

A política de preços adotada pela Petrobras leva em conta custos como o frete de navios, despesas internas de transporte e taxas portuárias. A formação dos preços dos combustíveis também considera uma margem para remuneração de riscos inerentes à operação, tais como volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobre-estadias em portos e lucro, além de tributos.

Na entrevista, o presidente ainda citou as reduções de impostos do governo federal que incidem sobre os combustíveis e afirmou que já está combinado com a área econômica a manutenção de isenções tributárias. “Já está acertado com a equipe econômica, nós vamos manter o desconto em impostos no ano que vem”, disse, sem detalhar que tributos seriam abrangidos pela isenção.

Maria Carolina Marcello

Outros destaques

Acompanhe as notícias do setor
Assine nosso boletim

Outros Destaques

Usinas
Raízen anuncia venda da usina Leme para Ferrari e Agromen por R$ 425 milhões
Raízen anuncia venda da usina Leme para Ferrari e Agromen por R$ 425 milhões
Impostos
[Opinião] PIS/Cofins, etanol e alterações pela Lei Complementar nº 214/2025
[Opinião] PIS/Cofins, etanol e alterações pela Lei Complementar nº 214/2025
Usinas
Grupo da Eslováquia compra 50% de usina de cana em Minas Gerais
Grupo da Eslováquia compra 50% de usina de cana em Minas Gerais
Investimento
Brasil, Raízen e companhia chinesa assinam acordo para investimento de US$ 1 bi em SAF
Brasil, Raízen e companhia chinesa assinam acordo para investimento de US$ 1 bi em SAF