Justiça aceita pedido de recuperação judicial da usina Nova Canabrava
A justiça deferiu nesta segunda-feira, 1º, o pedido de recuperação judicial solicitado pelo grupo Nova Canabrava, formado pelas empresas Portopar Bioenergia Participações, Álcool Química Canabrava, Canabrava Agrícola e Canabrava Energética.
Por decisão do juiz da 3ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes, Leonardo Cajueiro d’Azevedo, foi nomeado como administrador judicial a Price Waterhouse Coopers Corporate Finance & Recovery (PwC-Brasil). Ela terá como função fiscalizar e reportar à justiça a evolução financeira da empresa.
Em comunicado aos funcionários, na semana passada, o grupo explicou que pedido de recuperação judicial seria uma medida “que vem para o bem”. A indústria sucroenergética está localizada em Campos dos Goytacazes (RJ), no norte fluminense.
A empresa explicou que a recuperação judicial tem como objetivo permitir uma reestruturação financeira, de modo a permitir que a empresa pague todas as dívidas herdadas de gestões anteriores, e não apenas as que correm no âmbito da justiça do trabalho.
Por meio de nota, a Nova Canabrava destacou que continua funcionando normalmente, contando atualmente com 1,75 mil funcionários diretos e 2,5 mil indiretos, além de 1,5 mil fornecedores de cana – em sua maioria pequenos proprietários rurais de Campos e São Francisco de Itabapoana. De acordo com a empresa, os salários estão sendo pagos em dia, assim como todos os direitos trabalhistas e o pagamento dos fornecedores.
Na atual safra, 2022/23, iniciada no dia 29 de abril, a usina tem previsão de produzir 72 milhões de litros de etanol e gerar 44 megawatts-hora de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar.