Usina Coruripe solicita que S&P Global Ratings não avalie mais seu risco de crédito
No momento da retirada dos ratings, a perspectiva da sucroenergética era negativa
Recentemente classificada como CCC na escala global e B- na escala nacional, a usina Coruripe deixará de fazer parte do grupo de sucroenergéticas acompanhadas pela S&P Global Ratings. Segundo nota divulgada ontem (31) pela agência de classificação de risco, a decisão foi tomada pela sucroenergética, que controla quatro usinas em Minas Gerais e uma em Alagoas.
A S&P reforça que, no momento da retirada dos ratings, a perspectiva da Coruripe era negativa, o que indica que poderiam ocorrer rebaixamentos nas próximas avaliações.
“Apesar do recente refinanciamento com um sindicato de bancos, víamos riscos iminentes de estresse de liquidez até o fim da safra, dado o cenário ainda incerto de recuperação dos preços e volumes do etanol, bem como sua considerável dívida de curto prazo com exposição cambial”, complementa a S&P.
Em abril, motivada pela crise no consumo de etanol, a S&P alterou sua visão em relação a seis sucroenergéticas brasileiras. A Coruripe – que até então era classificada como B- na escala global e BBB- na nacional – foi colocada na lista de “creditwatch negativo”, que indicava a possibilidade de um rebaixamento dentro dos próximos meses.
Na ocasião, o perfil açucareiro da companhia foi apontado como um fator positivo dado o contexto de queda na demanda de etanol. Ao mesmo tempo, sua alta necessidade de refinanciamento era tida como um risco.
Pouco tempo depois, em 18 de maio, a Coruripe efetivamente teve suas notas rebaixadas. As emissões de três séries de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) também foram afetadas pela nova classificação.
Renata Bossle – novaCana.com