Com menos etanol de cana e mais de milho, Cerradinho amplia resultados em 2021/22
Nos três primeiros trimestres da safra, companhia registrou aumento anual de 195% no lucro líquido
A Cerradinho Bioenergia, que recentemente abandonou seus planos para uma oferta de ações em bolsa de valores, encerrou o terceiro trimestre da safra 2021/22 com uma moagem acumulada de 4,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, avanço de 2% ante a safra anterior, como indica o relatório trimestral da companhia, publicado na última quarta-feira, 9.
Contudo, mesmo com expansão da moagem, a produção de etanol hidratado vindo da cana sofreu uma retração de 6% na comparação anual, para 399 milhões de litros. Segundo a Cerradinho, o motivo seria uma queda de 8% na concentração de açúcar total recuperável (ATR), causada pelas geadas ocorridas em julho de 2021.
Ao mesmo tempo, houve um crescimento de 22% em relação ao milho, com o esmagamento de 416 mil toneladas e a produção de 186 milhões de litros de etanol.
Com isso, a produção total do biocombustível aumentou 2%, indo de 575 milhões de litros para 586 milhões de litros.
Além disso, com o maior uso de milho, também houve um crescimento de 21% na fabricação de grãos secos de destilaria (DDG), utilizados para alimentação animal, chegando a 111 mil toneladas. Também houve um avanço de 48% no volume de óleo, para 5,2 mil toneladas.
Em relação à geração de energia, por sua vez, a Cerradinho exportou 359 GWh no acumulado da safra, além de 94 GWh contabilizados pela planta de etanol de milho, totalizando 453 GWh – aumento anual de 9%.
Por fim, a companhia também divulgou a emissão de 408 mil créditos de descarbonização (CBios) no período. “Em 31 de dezembro de 2021, a companhia possuía um estoque de 98 mil CBios emitidos e não comercializados”, completa.
Saiba mais na versão completa (exclusiva para assinantes):
- Investimentos em etanol de milho
- Resultados trimestrais e acumulados da safra
- Endividamento da companhia e alavancagem