Fluxo de caixa das sucroenergéticas deve ser afetado pela alta inflação, projeta Fitch
Para agência de classificação de risco, impacto para as usinas será “moderado”; preço de fertilizantes, do diesel e da matéria-prima também fazem parte da análise
Assim como diversos setores da economia, a indústria de açúcar e etanol enfrentará custos mais altos por conta da inflação em 2022. Entretanto, de acordo com a Fitch Ratings, o impacto deve ser “administrável” do ponto de vista do fluxo de caixa.
Em análise divulgada nesta terça-feira, 22, a agência de classificação de risco também afirmou que não é provável que ocorram pressões para rebaixamento de classificações no curto prazo. “Os emissores classificados pela Fitch montaram posições de açúcar muito acima da média histórica de preços e devem se beneficiar de uma moderada recuperação dos volumes moídos, o que aliviará parte da alta de custos dos canaviais”, declara, em texto assinado pelo diretor Claudio Miori.
De acordo com o relatório, são esperados maiores gastos com plantio, logística e mão de obra, além da alta dos juros domésticos. Ainda assim, a expectativa é que os altos preços da commodity e os contratos já firmados com preços fixados compensem a maior parte do aumento de custos.
Segundo os números apresentados, as usinas brasileiras fixaram em torno de 76% do volume de açúcar a ser exportado em 2022/23. Ainda conforme a Fitch, elas obtiveram um preço médio de 16,90 centavos de dólar por libra-peso, equivalente a R$ 2,2 mil por tonelada (sem prêmio de polarização).
O relatório ainda aponta o preço médio obtido por três sucroenergéticas: Raízen, Jalles Machado e Zilor.
No texto completo (exclusivo para assinantes), saiba também sobre o impacto da alta dos fertilizantes – e o papel que a vinhaça tem a cumprir –, da elevação do diesel e dos custos da matéria-prima de terceiros.