Della Coletta Bioenergia registra décimo prejuízo consecutivo em 2020/21
Empresa também teve ampliação de 430,5% na posição de sua dívida com vencimento em curto prazo
Mesmo apresentando uma melhora em seus resultados operacionais, a Della Coletta Bioenergia (DCBio) continua registrando prejuízos no final de cada safra. Em 2020/21, as perdas foram de R$ 17,77 milhões, aumento de 32,6% em comparação com o ciclo anterior, quando a empresa registrou R$ 13,40 milhões negativos.
Com este novo resultado, já são dez anos consecutivos registrando perdas em caixa – somados, estes valores chegam a R$ 219,72 milhões. A empresa, que comanda uma usina em Bariri (SP), apresentou lucro pela última vez em 2010/11, com um montante de R$ 5,41 milhões.
Ainda assim, os resultados líquidos mais recentes demonstram uma melhora no desempenho da empresa, levando em consideração o prejuízo recorde de R$ 46,38 milhões visto em 2017/18.
Entre os principais fatores para as perdas apresentadas estão os gastos com pagamentos de juros, como já visto na temporada passada. Apenas entre as duas últimas safras, a empresa registrou aumento de 83,5% em suas despesas financeiras, totalizando R$ 99,64 milhões em 2020/21.
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{viewonly=registered,special}Mesmo apresentando uma melhora em seus resultados operacionais, a Della Coletta Bioenergia (DCBio) continua registrando prejuízos no final de cada safra. Em 2020/21, as perdas foram de R$ 17,77 milhões, aumento de 32,6% em comparação com o ciclo anterior, quando a empresa registrou R$ 13,40 milhões negativos.
Com este novo resultado, já são dez anos consecutivos registrando perdas em caixa – somados, estes valores chegam a R$ 219,72 milhões. A empresa, que comanda uma usina em Bariri (SP), apresentou lucro pela última vez em 2010/11, com um montante de R$ 5,41 milhões.
Ainda assim, os resultados líquidos mais recentes demonstram uma melhora no desempenho da empresa, levando em consideração o prejuízo recorde de R$ 46,38 milhões visto em 2017/18.
Entre os principais fatores para as perdas apresentadas estão os gastos com pagamentos de juros, como já visto na temporada passada. Apenas entre as duas últimas safras, a empresa registrou aumento de 83,5% em suas despesas financeiras, totalizando R$ 99,64 milhões em 2020/21.
Além disso, em relação ao endividamento bruto da companhia, a DCBio registrou um aumento de 2,8% na comparação anual, indo de R$ 372,32 milhões em 31 de março de 2020 para R$ 382,64 milhões ao final da safra mais recente.
Embora esta variação não seja particularmente elevada, a maior parte do valor passou a se referir a empréstimos e financiamentos com vencimento no decorrer da atual safra, com R$ 232,81 milhões. Este montante representa um aumento de 430,5% em comparação com o total de dívidas do curto prazo registrados um ano antes, de R$ 43,89 milhões.
Os demais débitos, R$ 149,83 milhões, referem-se a dívidas com maior prazo para pagamento. Neste caso, houve uma queda de 54,4% em comparação com a posição do ano anterior, quando eles somavam R$ 328,44 milhões.
Resultados operacionais
Entretanto, a empresa vem apresentando melhoras na fase operacional. Em 2020/21, a DCBio teve um resultado bruto recorde de R$ 100,01 milhões, aumento de 78,1% em relação ao ciclo anterior, quando registrou um montante de R$ 56,17 milhões. Até então, aquele era o maior valor dos últimos anos, ficando 402,8% acima do R$ 11,17 milhões vistos na safra 2018/19.
As razões para este crescimento operacional estão no aumento das receitas e na queda dos custos de produção. Com isso, os gastos representaram o equivalente a 66,2% dos ganhos, uma queda de 17 pontos percentuais em relação ao ciclo anterior e o melhor percentual visto pela empresa na série histórica iniciada em 2010/11.
Durante a safra 2020/21, a DCBio teve uma receita líquida de R$ 286,59 milhões, aumento de 11% em relação à anterior, quando registrou R$ 258,22 milhões. Já os custos de produção caíram 11,54%, totalizando R$ 189,70 milhões ante os R$ 214,44 milhões vistos em 2019/20.
Além disso, a empresa contabilizou uma valorização de R$ 3,11 milhões em seus ativos biológicos (cana em pé). Na safra anterior, a mudança também foi positiva, em R$ 12,39 milhões.
Giully Regina – NovaCana