Impactos da venda direta do etanol em MS só serão perceptíveis em dezembro, diz Biosul
Na última quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória que autoriza a venda direta de etanol
Os impactos da venda direta do etanol em Mato Grosso do Sul só serão perceptíveis a partir de 1º de dezembro, quando a medida provisória entrar em vigor. É o que avalia a Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).
“Ainda não é possível estimar uma eventual redução de preços do etanol hidratado, sequer se acontecerá, pois há muitos fatores de mercado envolvidos no processo. A partir da entrada em vigor das medidas é que vai se poder avaliar a dinâmica dos preços”, explicou a entidade em nota enviada ao Correio do Estado.
Na última quarta-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro assinou a MP que autoriza a venda direta de etanol. Com isso, produtores de etanol terão a opção de vender o produto diretamente aos postos revendedores. No entanto, a venda direta não será obrigatória.
Até então, o etanol sai das usinas e segue para as bases das distribuidoras. Em Mato Grosso do Sul, existem bases em Campo Grande, Dourados e Corumbá, onde o produto é fracionado e segue para distribuição nos postos.
Tributação
Conforme explica a Biosul, o texto da MP também resolve uma questão tributária que preocupava os produtores, criando um sistema dual de taxação.
As operações de venda direta terão os impostos federais concentrados no produtor, enquanto as operações via distribuidora manterão o regime atual.
Izabela Cavalcanti