Para GranBio, E2G está consolidado e empresa está pronta para nova etapa
Em entrevista ao novaCana, Paulo Nigro fala sobre os planos da empresa em relação a cinco diferentes áreas de negócios: “O que há em comum a todos esses projetos é a biomassa”

Com uma usina de etanol celulósico em operação desde setembro de 2014, a GranBio não tem vivido uma trajetória muito fácil. Ao longo dos últimos anos, a companhia tem acumulado prejuízos e frequentemente opta por paralisar a produção de etanol em benefício da geração de energia elétrica com a mesma matéria-prima.
Mesmo assim, o executivo Paulo Nigro – que atua há quase dois meses como CEO da companhia – acredita que os números de 2019 foram positivos para a Bioflex, unidade de etanol celulósico localizada em São Miguel dos Campos (AL). “No ano passado, conseguimos manter um regime contínuo de produção”, destaca.
De acordo com ele, a usina foi capaz de bater seus recordes diários de produção em diversas ocasiões – atualmente, o melhor resultado registrado é de 99 mil litros em um único dia. O volume equivale a 40% da capacidade autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a unidade, de 250 mil litros por dia.
“Podemos alcançar 30 milhões de litros em um ano”, anuncia Nigro. O executivo, porém, acrescenta que esse montante não deve ser obtido em 2020.
Atualmente, a usina está direcionando sua biomassa para a unidade termelétrica, com previsão de retomar as atividades em agosto, um mês antes do início oficial da safra na região Norte-Nordeste. “O objetivo maior da planta de Alagoas é concretizar o nosso aprendizado. Antes, estávamos em um processo de validação tecnológica. Agora, isso já está validado”, garante.
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