Pecege espera queda de 4,13% na moagem de cana-de-açúcar em 2021/22
Análise da temporada vigente indica que a próxima deve começar com atraso
A safra 2020/21 de cana-de-açúcar vai ficar marcada por diversos motivos. Além de ter ocorrido no primeiro ano em que o mundo sofreu as consequências da pandemia de coronavírus, a seca em excesso teve grande influência nos resultados, tanto de forma positiva quanto negativa.
Conforme os dados mais recentes divulgados pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), até 16 de janeiro de 2021 foram moídas 597,59 milhões de toneladas de cana, com as quais foram produzidas 38,19 milhões de toneladas de açúcar. A quantia fabricada do adoçante é recorde no país.
Para 2021/22, a expectativa dos especialistas consultados pelo novaCana em dezembro é de um retorno à normalidade, sem grandes recordes produtivos. O Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege), por exemplo, foi o responsável pela perspectiva de 580 milhões de toneladas, um pouco abaixo da média das 16 empresas, de 584,61 milhões.
O número do instituto, além de estar 2,96% inferior ao da moagem acumulada até a metade de janeiro deste ano, ficaria 4,13% abaixo das 605 milhões de toneladas esperadas para a conclusão de 2020/21 conforme a Unica.
Em estudo lançado na semana passada, o Pecege detalhou os motivos que levarão a esta queda na moagem e as perspectivas para a safra como um todo. Mesmo com os números mais baixos, a opinião do gerente de projetos Haroldo Torres é que é possível que o setor tenha uma safra excelente em termos de margens econômicas.
Confira, na versão completa, restrita para assinantes, os motivos e consequências das estimativas do Pecege para 2021/22, com números e comentários.