Setor sucroenergético enfrenta custos mais altos de produção na temporada 2018/19
Aumento nos preços do diesel e dos insumos agrícolas alavancaram alta nas despesas, mas clima adverso e redução na produtividade são os principais fatores do encarecimento
A alta dos custos de produção na safra 2018/19 impactou os usineiros. Nesta temporada, ficou mais caro produzir cana-de-açúcar e, consequentemente, seus produtos, que não recompensaram a contento: o açúcar remunerou 10,75% a menos do que na temporada 2017/18 e o etanol, mesmo mais valorizado, não teve força suficiente para gerar lucro real para as usinas.
Preços baixos da commodity, clima adverso para a cultura e consequente redução da matéria-prima, além da greve dos caminhoneiros, são alguns fatores que pesaram no lado dos custos na balança das usinas. É o que afirma o Levantamento de Custos de Produção de Cana-de-açúcar, Açúcar, Etanol e Bioeletricidade realizado pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege).
A amostra analisada traz 88 empresas que processaram cerca de 200 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no Centro-Sul durante a safra 2018/19.
Segundo a pesquisa, a estrutura de capital das usinas brasileiras é “impeditiva” e o retorno do que é investido fica abaixo do custo de capital.
Para as sucroenergéticas, os gastos no canavial corresponderam a 70,85% do custo agroindustrial total. Especificamente na área agrícola, os custos fixos do processo de produção correspondem a 86% do total. No setor industrial e na área administrativa, este índice é de 75% e 50%, respectivamente.
Confira, na versão completa, gráficos e mais detalhes sobre:
- Custos de produção da cana-de-açúcar
- Reflexos das despesas na produtividade
- Custos de produção do etanol e do açúcar
- Elementos que mais impactaram os custos
- Geração de valor com bioeletricidade