Syngenta aposta em nova versão de “semente” da cana
Com solução que se aproxima do conceito de semente, empresa promete realizar o sonho do setor sucroenergético de ter um plantio de cana mais simples e barato
Após lançar em 2010, sem sucesso, uma tecnologia que simplificava o plantio de cana-de-açúcar por meio toletes compactos tratados contra pragas e doenças, a Syngenta volta agora com uma nova versão do produto.
O “Novo Plene”, como foi batizado pela companhia, consiste em cápsulas que contêm gemas de cana-de-açúcar, as quais são resistentes à pragas e oferecem garantia de sanidade.
Plantadas diretamente no solo, as cápsulas, que se aproximam muito do conceito de semente, permitirão uma significativa redução de custos do plantio por hectare para o setor.
“Hoje, são plantados 1,7 milhão de hectares de cana-de-açúcar. Para atingir este número, seriam necessários 350 mil hectares de viveiros secundários. Como o Novo Plene não precisa de uma área para formação de viveiros, estes 350 mil hectares poderiam ser usados para a moagem de cana e a produção de açúcar e etanol. Trata-se de uma receita de R$ 1,6 bilhão por ano”, informa a empresa.
Em entrevista ao portal novaCana, o diretor de marketing para cana-de-açúcar da multinacional suíça, Leandro Amaral, comenta as apostas da empresa e a disputa por um mercado bilionário, estimado em R$ 2,7 bilhões - valor gasto no Centro-Sul com mudas para renovação de canaviais.