O grupo Atem, dono da Refinaria da Amazônia informou, em nota, que não há intenção de se desfazer da Refinaria da Amazônia (Ream), nem há negociação em curso nesse sentido.
O posicionamento vem após o Broadcast mostrar que a Petrobras estuda tentar recomprar a refinaria, antiga Reman do sistema Petrobras, que foi vendida ao grupo Atem por US$ 257,2 milhões no fim de 2022, ainda sob o governo Bolsonaro.
Segundo a reportagem, uma possível investida da Petrobras sobre a refinaria visaria garantir o funcionamento da unidade, hoje parada para manutenção, e preços mais baixos para o consumidor da região. Assim que comprou a unidade, a Reman elevou os preços dos combustíveis por ela produzidos, que abastecem a região norte do país.
O Broadcast apurou ainda que, embora não tenha o mesmo desejo explícito de venda que o fundo Mubadala tem no caso da Refinaria de Mataripe (BA), a Atem ao menos estaria disposta a abrir conversas.
Sobre questionamentos de sindicatos sobre a paralisação na Refinaria da Amazônia, o grupo Atem informou que a unidade está com um programa de manutenção intensiva em andamento em toda a planta, o que inclui parque de refino, tanques, dutos e píeres.
Isso, afirma, envolve “importantes investimentos” em melhorias e eficiência operacional na infraestrutura de transferência, estocagem e utilidades da refinaria.
Além disso, a empresa diz que, desde o início do programa de manutenção, está atendendo as demandas dos clientes sem interrupções e sem impactos ao abastecimento do mercado. Isso, apurou o Broadcast, tem sido feito por meio de combustível importado.
A Atem informa, ainda, que adiantou algumas fases do cronograma geral de manutenção da unidade em razão da maior severidade do período de seca previsto para os próximos meses do ano, a fim de garantir o abastecimento da região. No ano passado, já houve dificuldades.