Relação entre produtividade e custos é o principal desafio das usinas
Análise do economista Haroldo Torres demonstra os principais gargalos para a recuperação sucroenergética
Em época de preço baixo do açúcar, de dívidas pesadas e de falta de investimentos no campo, fica difícil prever significativos aumentos na produtividade das usinas.
Por mais que uma ligeira recuperação no setor tenha proporcionado melhoras em indicadores como o da qualidade da cana-de-açúcar – que ainda está ruim, mas mantém uma tendência de aumento após crescimentos discretos nas últimas três safras –, com a produtividade aconteceu o contrário.
Nos últimos anos, segundo um acompanhamento do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), da Esalq/USP, os índices de produção das usinas do país têm oscilado muito em um curto período de tempo, dificultando a definição de uma tendência clara. O problema é que, quando eles diminuem, os custos empresariais são pressionados e sobem muito, gerando um círculo vicioso difícil de quebrar.
Em entrevista ao novaCana, o economista Haroldo Torres, gestor do Pecege, detalha esse estudo, traça o cenário vivido em 2017/18 e aponta algumas perspectivas para a próxima safra.