Relação entre o preço do açúcar e o câmbio nos grandes produtores da commodity
Baixos preços do adoçante têm impactos diferentes nos principais países produtores da commodity – e a culpa é do câmbio
O gerente do departamento de pesquisas do Rabobank, Andy Duff, explicou, durante a NovaCana Ethanol Conference 2019, que os baixos preços no mercado internacional de açúcar atingem as usinas de forma desigual pelo mundo.
De acordo com ele, a perda de mais de 35% de valor que o açúcar sofreu desde janeiro de 2017 – quando batia valores acima dos 20 centavos de dólar por libra-peso – foi sentida de formas diferentes em cada país, de acordo com as mudanças no câmbio em relação ao dólar.
“No Brasil, a desvalorização cambial ajudou a suavizar a queda, que foi de apenas 25% ao longo desse tempo”, explica Duff. O país teve a menor perda dentre os grandes produtores.
Por outro lado, na Tailândia, a deterioração da commodity foi mais intensa: “A moeda depreciou contra o dólar, então eles estão olhando para uma queda de quase 50%. Se a gente acha que está sofrendo com os preços de açúcar hoje, os tailandeses estão sofrendo ainda mais”.
A análise ainda traz resultados intermediários vistos na Austrália, na Índia e na China.