Combustíveis em alta: Etanol sobe mais do que gasolina, mas se mantém favorável
Mesmo com os aumentos nos preços das últimas semanas, biocombustível segue competitivo
Os destaques sobre o preço do etanol na semana de 16 a 22 de setembro:
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Na média nacional, o preço do etanol correspondeu a 60,9% do valor de comercialização da gasolina, voltando a subir
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No período, foi vantajoso abastecer com etanol em São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e no Distrito Federal
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O preço do etanol nos postos aumentou em 18 estados e no DF, diminuiu em sete e se manteve no Ceará
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Preço médio da gasolina subiu 0,51% e o do etanol, 0,81%
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A cotação do biocombustível voltou a subir nas usinas de Mato Grosso, Goiás e São Paulo
Na semana de 16 a 22 de setembro, o preço médio dos combustíveis nas bombas dos postos do país tiveram novo aumento, mesmo que menor que o da análise anterior. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e, mais uma vez, acompanham a valorização nas usinas.
Com o recente aumento de 0,81% no preço do etanol, ele segue competitivo em comparação com a gasolina. Ainda assim, a relação entre os combustíveis está aumentando pela terceira semana consecutiva.
Na média nacional, o preço do renovável correspondeu a 60,9% do valor de comercialização do combustível fóssil – inferior à paridade energética comercialmente estabelecida em 70%.
O aumento de 0,32% no indicador é o terceiro na relação desde a primeira semana de maio, e o menor visto desde então. Ainda assim, ele mantém a competitividade do etanol na tendência favorável vista desde abril.
Preço nas bombas
De acordo com a ANP, entre 16 e 22 de setembro, o preço do etanol nos postos aumentou em 18 estados e no Distrito Federal, recuou em sete e se manteve no Ceará.
Com o aumento em tantos estados, seu preço médio a nível nacional passou de R$ 2,808 para R$ 2,831 por litro. O aumento de 0,81% é o quarto desde a sequência de reduções vista desde junho, mas o menor das últimas semanas.
Já o valor médio da gasolina aumentou em todos os estados, exceto no Alagoas, passando de R$ 4,628 para R$ 4,652 por litro, um crescimento de 0,51%.
Estados
Independente dos aumentos nos preços observados nas quatro últimas semanas, o biocombustível segue em vantagem em Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Mesmo com um novo aumento, de 0,69%, São Paulo segue apresentando o menor valor médio do etanol nas bombas: R$ 2,641/l. Com o aumento de apenas 0,11%, para a gasolina, a relação entre os combustíveis chegou a 59,8%, a menor do país.
Já Mato Grosso segue com o segundo menor valor para o biocombustível, R$ 2,771/l, mesmo após o aumento de 2,55%. Com a valorização de 0,84% para a gasolina, a relação entre os combustíveis subiu para 57,8%.
Nos postos mineiros, com o maior aumento para o etanol (0,84%) do que para a gasolina (0,32%), a relação média entre eles subiu, mas se manteve favorável ao biocombustível, com 60,7%.
Em Goiás, o preço do etanol subiu 0,82% e o da a gasolina, 0,72%. Assim, a relação comercial entre eles se manteve favorável ao biocombustível, em 60%.
Enquanto isso, no Paraná, o preço do etanol subiu 1,4%. Com o aumento de 0,56% para a gasolina, a relação entre eles subiu para 64,3%, mantendo-se favorável ao etanol.
Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2001 estão disponíveis na planilha interativa (exclusivo para assinantes). Também estão disponíveis gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.
Usinas
Nas usinas, o preço do biocombustível segue subindo em Mato Grosso, Goiás e São Paulo. O Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado no estado paulista mostra que sua cotação subiu 1,25%, chegando a uma alta de 18,15% nas últimas quatro semanas.
Em Mato Grosso, por sua vez, a cotação do etanol hidratado subiu 1,14% em relação à última análise. No período acumulado, a valorização é de 26%.
Já em Goiás, a cotação do etanol nas usinas subiu 1,5% entre as duas últimas análises. Assim, o acumulado nas últimas 56 semanas é de 21,9%.
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Rafaella Coury - novaCana.com