Retomada: exportação de etanol aumentou 55% em 2012
Em 2012 as exportações brasileiras de etanol atingiram um volume financeiro 46,5% maior em relação a 2011. As receitas chegaram a US$ 2,18 bilhões. Em comparação ao ano anterior, houve aumento de 55,3% na quantidade exportada de etanol, mas queda de 5,7% no preço, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O principal mercado para o produto foram os Estados Unidos. Outros grandes compradores do etanol brasileiro foram Jamaica, Coreia do Sul e Japão.
Já as exportações do açúcar bruto sofreram queda de 13,2% no ano passado, em relação a 2011. O preço da commodity foi 10,1% menor do que no ano anterior, e o valor das exportações foi de US$ 10 bilhões em 2012.
Os principais destinos do açúcar bruto brasileiro foram China, Argélia, Egito, Rússia, Indonésia e Marrocos.
Segundo o MDIC, a previsão para 2013 é positiva para o setor sucroenergético, com aumento da produção de açúcar em 4,7%, para 37,7 milhões de toneladas, e a manutenção da oferta de etanol para atender demanda norte-americana.
Dezembro
No último mês de 2012, o valor exportado de etanol chegou a US$ 291,2 milhões. O volume exportado foi de 462,1 milhões de litros, com o preço de US$ 630,2 por mil litros.
O açúcar bruto exportado em dezembro de 2012 chegou a US$ 982 milhões. Foram vendidas 2,06 milhões de toneladas, a US$ 477,3 por tonelada.
As receitas do açúcar refinado exportado chegaram a US$ 213 milhões em dezembro. O preço foi de US$ 536,9 a tonelada, e o volume exportado foi de 396,6 mil toneladas.
Preço em queda
O preço médio do açúcar bruto e refinado em dezembro de 2012 foi de US$ 486,90 por tonelada, o valor mais baixo desde novembro de 2010, quando cada tonelada foi exportada por US$ 482,65. O aumento da oferta de açúcar foi o principal motivo para a queda dos preços no mercado internacional.
Pesquisadores do Cepea explicam que, ao contrário do que ocorreu nas safras anteriores, nesta, o volume produzido – tanto na região Centro-Sul do Brasil como em outros importantes produtores mundiais – não foi prejudicado por condições climáticas desfavoráveis.