Unica foge do debate e deixa projeto do plantio de cana na Amazônia avançar

A maior entidade representativa do setor sucroenergético do Brasil já escolheu sua estratégia em relação ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 626/2011, que permite o plantio de cana na Amazônia. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) deixará o projeto se desenvolver sem exercer qualquer influência para ajudar ou atrapalhar o desenvolvimento.
A entidade, que nos últimos anos ganhou bastante heterogeneidade, com a associação de grupos com interesses bastante distintos, pode ter encontrado uma forma de conciliar as disputas internas sobre a questão e deixar o caminho livre para, no futuro, os canaviais se desenvolverem na Amazônia.
A opção da Unica em deixar a discussão acontecer sem se envolver facilitou o avanço do projeto em três comissões do senado. Neste momento, a proposta aguarda para ser incluída na pauta da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, mas já recebeu parecer favorável do relator designado, senador condenado por fraude em licitações e atualmente sob acusação da Procuradoria Geral da República por crimes ambientais.
De acordo com a assessoria da instituição, "essa questão está em aberto e não haverá comentários da Unica enquanto as discussões e votações estiverem em andamento". Ou seja, depois que a votação estiver concluída e o assunto decidido a entidade fará comentários.
Veja a seguir mais detalhes sobre o posicionamento da Unica, a opinião do Senador Flexa Ribeiro sobre a participação da entidade, as repercussões que o projeto pode ter, especialmente na Europa, e o como está o trâmite do projeto de lei em Brasília.