Série de problemas deixam usinas brasileiras à mercê do mercado mundial de açúcar
Quando operadores e executivos do setor açucareiro se reuniram este mês para o seu habitual encontro anual da indústria, em Nova York, o clima no salão estava tão carregado quanto os céus de Manhattan.
O motivo para tanta cara amarrada entre os delegados presentes no cavernoso Waldorf Astoria Hotel era bem claro: o Brasil e a contínua deterioração do seu setor sucroalcooleiro.
O país luta contra a inflação e os custos ascendentes. Para levantar caixa, as endividadas usinas brasileiras vendem açúcar a valores abaixo do preço de custo, provocando quedas nas cotações mundiais do produto.
"Nesta safra os brasileiros vão continuar a vender por qualquer preço, determinando assim a cotação global", diz Jonathan Kingsman, fundador da consultoria homônima.